terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Desculpas esfarrapadas

Eu não passo por aqui há tempos. Dessa vez não é por falta de tempo, é por excesso. Portanto, desculpem-me queridos leitores imaginários e inexistentes. Eu funciono exatamente assim, sob pressão.
Voltei para fazer um comunicado que ando adiando o máximo que posso. Isso vai virar um espécie de diário, um desabafo constante. Não aconselho a leitura, é deprimente e sem graça. Na verdade eu sinto necessidade de escrever o que eu sinto. Aquela agenda cor de rosa não vem funcionando como eu havia suposto, então essa será a última tentativa. Minha mãe não vai acessar um blog *-* Já minha agenda anda perdida pela casa. É mais seguro aqui, mesmo exposta ao mundo todo. Aliás, meus pensamentos andam seguindo exatamente essa linha de raciocínio ultimamente. É um perigo deixá-los livres. Tento me distrair ao máximo, mas com uma brecha mínima, o passado volta mais vivo do que nunca e eu me sinto estranha. Bom, acho que já comecei o desabafo. Hoje acordei as 10 horas da manhã, por ter me demorado na sala mais do que devia - muito mais do que devia, pra ser sincera - e fiquei com o pijama azul de bolinhas amarelas até as 6 horas da tarde, quando minha mãe furiosa obrigou-me a tomar banho e me vestir decentemente. Depois do banho comi tanto que me senti mal. Passei o dia lendo aquela história de vampiros. Não devia deixar isso me influenciar, mas é impossível. Cada vez que leio, lembranças voltam como um meteoro e minha cabeça dói. Meus dias andam tão normais, que sinto um medo me congelar por dentro. Minha vida está normal e eu tinha prometido a mim mesma nunca deixar chegar a esse ponto. Desculpe. Eu quero mudar, mas não vejo saída. Eu imaginei tudo diferente. E isso só me mostra que tudo que você planeja não acontece. É inútil sonhar. O fim de semana foi insuportavelmente perfeito. E eu tinha medo que acabasse, mas acabou. Eu não precisava pensar em nada, meu celular estava desligado, ninguém sabia onde eu estava e a maioria das pessoas que realmente me importavam estavam lá, naquela barraca, dormindo a altura dos meus olhos. Destacando: A MAIORIA, não todos. Um mês se passou. Será que vai ser diferente dessa vez? Por um segundo acho que sim - por um segundo.


"Vou nascer de novo, lápis, edifício, tevere, ponte. Desenhar no seu quadril. Meus lábios beijam signos feito sinos. Trilho a infância, terço o berço do seu lar.''