quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E se formos só crianças?

Há dias ando pensando nas mudanças que aconteceram em mim em um intervalo de tempo muito curto. Tão curto que não consigo assimilar. E assim vivo como se não vivesse, coloquei no piloto automático e sigo em frente. São mudanças internas, essas são as piores, porque no fundo você quer que as pessoas percebam, mas nesse mundo tão desligado da alma, não há quem perceba. Certo dia, liguei a tv e passava uma novelinha de espíritos. Ah! Essa promiscuidade com as almas do outro mundo, como se existissem almas neste... Eu me daria melhor no outro mundo. E quando você consegue tudo que pensava que queria, já não é o que te faz feliz. A felicidade é um estado transitório. É uma alma habitando seu corpo temporariamente. E quando ela vai embora, então... Já não sei viver e só. Há alguém com medo dentro de mim. E o medo se transforma em lágrimas quase sempre. Deixei de acreditar na vida quando estudei que as lágrimas fazem parte do nosso sistema de defesa. Liberam hormônios e depois do pranto a sensação de leveza. A ciência acaba comigo, dissolve o resto da fé que ainda existia aqui dentro. Preciso que alguém perceba o que mudou em mim, porque eu não consigo falar. E se eu ainda não cresci o suficiente? E se todos formos ainda crianças? E se o medo for meu? Medo de mim mesma.

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